A legislação brasileira sobre drogas é pautada principalmente pela Lei nº 11.343/2006, também conhecida como a Lei de Drogas. Essa norma estabelece diretrizes para a repressão ao tráfico de drogas e define as diferentes modalidades que compõem essa prática criminosa.
O tráfico de drogas, segundo a lei, é caracterizado pela produção, venda, transporte, distribuição, e, em algumas situações, até o uso de substâncias ilícitas. A definição de tráfico de drogas abrange não apenas as ações diretamente ligadas à comercialização, mas também atos preparatórios, como a fabricação e o armazenamento de entorpecentes.
As modalidades de tráfico são diversas e podem ser classificadas da seguinte forma:
Tráfico de Grande Escala: Refere-se à comercialização em larga quantidade, geralmente envolvendo organizações criminosas. Esse tipo é punido com penas mais severas, variando de 5 a 15 anos de reclusão, além de multa. O foco principal é desarticular redes que operam a nível nacional ou internacional.
Tráfico de Pequena Escala: Envolve a venda de pequenas quantidades, geralmente para consumo próprio ou em pequenas porções. Embora seja considerado tráfico, a lei pode prever penas menores, especialmente se o acusado demonstrar condições atenuantes, como a primariedade e a boa conduta. As penas podem variar entre 1 a 3 anos, e em alguns casos, pode haver a possibilidade de substituição da pena por medidas alternativas.
Tráfico de Drogas em Local Público: Essa modalidade considera a venda de drogas em lugares como escolas, praças e festas, aumentando a gravidade do crime. As penas para esses casos são mais rígidas, refletindo a preocupação com a proteção de crianças e adolescentes.
Tráfico em Organização Criminosa: O envolvimento em grupos estruturados que atuam na comercialização de drogas pode levar a penas ainda mais severas, já que a lei considera não apenas o tráfico, mas também a associação criminosa.
Além dessas modalidades, a lei também distingue entre diferentes tipos de substâncias, classificando-as em grupos como drogas ilícitas, entorpecentes e psicotrópicos, cada um com suas implicações legais. O sistema penal brasileiro enfatiza a necessidade de se combater o tráfico de forma abrangente, considerando não apenas a repressão, mas também a prevenção e o tratamento dos dependentes químicos.
É importante ressaltar que a defesa em casos de tráfico de drogas deve ser bem fundamentada, considerando as nuances de cada caso e a possibilidade de atenuantes. O advogado pode argumentar com base na quantidade de droga, no contexto social do acusado e em outros fatores que podem influenciar a decisão judicial.
O tráfico de drogas é um tema complexo e que exige um olhar atento às suas múltiplas facetas, tanto do ponto de vista jurídico quanto social.
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